Composição dos PCN de 5ª a 8ª
Os Parâmetros de 5ª a 8ª séries são compostos pelos
seguintes documentos:
Volume 1– Introdução - Neste
volume, a primeira parte é dedicada à análise de aspectos da conjuntura
nacional e mundial e à necessidade de fortalecimento da educação básica. A
Segunda parte destina-se a apresentar os Parâmetros Curriculares Nacionais,
seus propósitos e sua estrutura. A terceira parte procura trazer contribuições
para o processo de elaboração e de desenvolvimento do projeto educativo da escola.
A quarta parte pretende provocar a necessidade de conhecer melhor os alunos do
ensino fundamental. Na quinta e última parte, é feita uma análise sobre o uso
das Tecnologias da Comunicação e da Informação, tão importantes no mundo
contemporâneo. Esses assuntos, tratados neste documento de introdução aos
Parâmetros Curriculares Nacionais, visam apresentar uma concepção geral, que
será retomada específica nos documentos de áreas e temas transversais.
Volume 2 – Língua Portuguesa - Os
Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa configuram-se como
síntese dos avanços conquistados nas últimas décadas, a partir das discussões a
respeito das diferentes propostas para o ensino de Língua Portuguesa (LP).
O domínio da linguagem se constitui como condições
de possibilidade de plena inserção Social. É por meio da linguagem que os
indivíduos se comunicam, têm acesso à informação, expressam e defendem pontos
de vista, produzem cultura.
Desta forma, ao ensinar LP a escola assume para si
a responsabilidade de contribuir para assegurar aos seus alunos o acesso aos
saberes da fala e da escrita necessários para que cada um seja capaz de
interpretar os diferentes textos que circulam, de assumir a palavra, de
produzir textos eficientes nas mais diversas situações.
Nessa perspectiva, os PCN de LP constituem-se em
uma referência para contribuir com técnicos e professores no processo de
revisão e elaboração de sua prática.
O presente documento se organiza em duas partes, na
primeira, faz-se a apresentação da área e definem-se as linhas gerais da
proposta. Em sua introdução, analisam-se alguns dos principais problemas do
ensino da língua e situa-se a proposta em relação ao movimento de reorientação
curricular nos últimos anos. Abordam-se, também, a natureza, as características
e a importância da área. Finalmente, indicam-se os objetivos e conteúdos
propostos para o ensino fundamental.
Na Segunda parte, dedicada ao terceiro e quarto
ciclos, caracterizam-se ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa nestes
ciclos, definem-se objetivos e conteúdos, apresentam-se orientações didáticas,
especificam-se relações existentes entre o ensino de Língua Portuguesa e as
tecnologias da comunicação e, por fim, propõem-se critérios de avaliação.
Volume 3 – Matemática -
Apresenta uma breve análise dos mais recentes movimentos de reorientação
curricular e de alguns aspectos do ensino de Matemática no Brasil, apontando
duas grandes questões: a necessidade de reverter o quadro em que a Matemática
se configura como um forte filtro social na seleção dos alunos que vão
concluir, ou não, o ensino fundamental e a necessidade de proporcionar um
ensino de Matemática de melhor qualidade, contribuindo para a formação do
cidadão.
Indica a Resolução de Problemas como ponto de
partida da atividade Matemática e discutem caminhos para "fazer
Matemática" na sala de aula, destacando a importância da História e da
Matemática e das Tecnologias da Comunicação.
Apresentam os objetivos em termos das capacidades a
serem desenvolvidas em cada ciclo, assim como os conteúdos para desenvolvê-las:
São apontadas as possíveis conexões entre os blocos de conteúdos entre a
Matemática e as outras áreas do conhecimento e suas relações com o cotidiano e
com os Temas Transversais.
A avaliação em suas dimensões processual e diagnóstica
é tratada como parte fundamental do processo ensino-aprendizagem por permitir
detectar problemas, corrigir rumos, apreciar e estimular projetos
bem-sucedidos.
Na parte final do documento discutem-se algumas
orientações didáticas relativas a conceitos e procedimentos matemáticos,
analisando obstáculos que podem surgir na aprendizagem de certos conteúdos e
sugerindo alternativas que possam favorecer sua superação.
Volume 4 – Ciências Naturais - Os
Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências Naturais são dirigidos aos
educadores que têm como objetivo aprofundar a prática pedagógica de Ciências
Naturais na escola fundamental, contribuindo para o planejamento de seu
trabalho e para o projeto pedagógico da sua equipe e do sistema de ensino do
qual faz parte.
A primeira parte, voltada para todo o ensino
fundamental, apresenta um breve histórico das tendências pedagógicas na área,
debate relações entre ciências e cidadania, caracteriza Ciência e Tecnologia
como atividades humanas. Também expõe as concepções de ensino, de aprendizagem,
de avaliação e de conteúdos que norteiam estes parâmetros, bem como os
objetivos gerais para todo o ensino fundamental. Os conteúdos são apresentados
em quatro eixos temáticos: Terra e Universo, Vida e Ambiente, Ser Humano e Saúde,
Tecnologia e Sociedade, levando-se em conta conceitos, procedimentos e atitudes
que compõem o ensino desses temas no ensino fundamental.
Toda a segunda parte é voltada à apresentação e à
discussão do ensino e aprendizagem de Ciências Naturais, conteúdos e critérios
de avaliação para terceiro e quarto ciclos. É na parte final do documento que o
professor encontra orientações sobre a organização de unidades e projetos,
sobre temas de trabalho interdisciplinares em Ciências Naturais, sobre a
problematização de conteúdos, sobre fontes de informação: observações,
trabalhos de campo, experimentações, textos diversos e informática.
Volume 5 – História - Este
documento está organizado em duas partes. Na primeira parte estão algumas das
concepções curriculares elaboradas para o ensino de História no Brasil;
características, importância, princípios e conceitos pertinentes ao saber
histórico escolar; objetivos gerais de História para o ensino fundamental;
critérios para as escolhas conceituais, métodos, conteúdos e articulações com
os Temas Transversais.
Na Segunda parte são apresentadas propostas de
ensino e aprendizagem para as últimas quatro séries do ensino fundamental, os
objetivos para os ciclos, os conteúdos e os critérios de avaliação. Traz também
orientações didáticas nas quais se destacam alguns pontos importantes da
prática de ensino, sem esgotá-los. São sugeridos métodos e recursos à reflexão
de professores e alunos, sobre o conhecimento histórico e suas relações com a
realidade social. a bibliografia apenas referencia autores utilizados para a
redação deste documento e que fundamentam os conceitos históricos e os
procedimentos de ensino e de aprendizagem apresentados.
Volume 6 – Geografia - O
documento de Geografia propõe um trabalho pedagógico que visa à ampliação das
capacidades dos alunos do ensino fundamental de observar, conhecer, explicar,
comparar e representar as características do lugar em que vivem e de diferentes
paisagens e espaços geográficos.
A primeira parte do documento contém uma
contextualização geral da área no ensino fundamental, descrevendo a trajetória
da Geografia, como ciência e como disciplina escolar.
Na Segunda parte, encontram-se orientações para o
trabalho com a área no ensino fundamental, apresentando objetivos, eixos
temáticos e conteúdos e critérios de avaliação. Ao final, o documento traz uma
série de indicações sobre a organização do trabalho escolar do ponto de vista
metodológico e didático.
Volume 7 – Arte - A
primeira parte do documento tem por objetivo analisar e propor encaminhamentos
para o ensino e a aprendizagem de Arte no ensino fundamental.
Na segunda parte estão destacadas quatro
linguagens: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.
A proposição sobre aprender e ensinar arte tem por
finalidade apresentar ao professor uma visão global dos objetivos, critérios de
seleção e organização dos conteúdos e orientações didáticas e de avaliação da
aprendizagem de arte para todo o ensino fundamental.
As duas partes formam um conjunto de modo a
oferecer aos educadores um material sistematizado para as suas ações e
subsídios para que possam trabalhar com a mesma competência exigida para todas
as áreas do projeto curricular.
Volume 8 – Educação Física - O
documento de Educação Física traz uma proposta que procura democratizar,
humanizar e diversificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar, de uma
visão apenas biológica, para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas,
cognitivas e socioculturais dos alunos. Incorpora, de forma organizada, as
principais questões que o professor deve considerar no desenvolvimento de seu
trabalho, subsidiando as discussões, os planejamentos e as avaliações da
prática de Educação Física.
Apresenta ainda a síntese dos princípios que
norteiam a Educação Física no ensino fundamental, localiza as principais
tendências pedagógicas e desenvolve a concepção da área, situando-a como
produção cultural.
Indicam objetivos, conteúdos e critérios de
avaliação. Os conteúdos são apresentados segundo sua categoria conceitual,
procedimental e atitudinal, organizados em blocos interrelacionados e são
explicitados como possíveis enfoques da ação do professor. Contempla, também,
aspectos didáticos gerais e específicos da prática pedagógica em Educação
Física que podem auxiliar o professor nas questões do cotidiano das salas de
aula e serve como ponto de partida para as discussões.
Volume 9 – Língua Estrangeira
Moderna - Este documento procura ser uma fonte de
referência para discussão e tomada de posição sobre ensinar e aprender Língua
Estrangeira nas escolas brasileiras.
Duas questões teóricas ancoram os Parâmetros de
Língua Portuguesa:
o
visão sociointeracional da linguagem – indica
que, ao se engajarem no discurso, as pessoas considerem aqueles a quem se
dirigem ou quem se dirigiu a elas na construção social do significado.
o
visão sociointeracional da linguagem – é
compreendida como uma forma de se estar no mundo com alguém e é, igualmente,
situada na instituição, na cultura e na história.
Volume 10 – Temas Transversais - O
conjunto de temas aqui proposto – Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural,
Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo – recebeu o título geral de Temas
Transversais, indicando a metodologia proposta para sua inclusão no currículo e
seu tratamento didático.
Muitas questões sociais poderiam ser eleitas como
temas transversais para o trabalho escolar, uma vez que o que os norteia, a
construção da cidadania e a democracia, são questões que envolvem múltiplos
aspectos e diferentes dimensões da vida social. Para defini-los e escolhê-los
foram estabelecido os critérios:
·
Urgência Social – Esses
critério indica a preocupação de eleger como Temas Transversais questões
graves, que se apresentam como obstáculos para a concretização da plenitude da
cidadania, afrontando a dignidade das pessoas e deteriorando sua qualidade de
vida.
·
Abrangência nacional – Por ser
um parâmetro nacional, a eleição dos temas buscou contemplar questões que, em
maior ou menor medida e mesmo de formas diversas, fossem pertinentes a todo o
país. Isso não exclui a possibilidade e a necessidade de que as redes estaduais
e municipais e mesmo as escolas, acrescentem outros temas relevantes à sua
realidade.
·
Possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino
fundamental – Esse critério norteou a escolha de temas ao alcance
da aprendizagem nessa etapa da escolaridade. A experiência pedagógica
brasileira, ainda que de modo não uniforme, indica essa possibilidade, em
especial no que se refere à Educação para a Saúde, Educação Ambiental e
Orientação Sexual, já desenvolvidas em muitas escolas.
·
Favorecer a compreensão da realidade e a
participação social – A finalidade última dos Temas Transversais se
expressa neste critério: que os alunos possam desenvolver a capacidade de
posicionar-se diante das questões que interferem na vida coletiva, superar a
indiferença e intervir de foram responsável. Assim os temas eleitos, em seu
conjunto, devem possibilitar uma visão ampla e consistente da realidade
brasileira e sua inserção no mundo, além de desenvolver um trabalho educativo
que possibilite uma participação social dos alunos.
Diante disso optou-se por integrá-las no currículo
por meio do que se chama de transversalidade: pretende-se que esses temas
integrem as áreas convencionais de forma a estarem presentes em todas elas,
relacionando-as às questões da atualidade e que sejam orientadores também do
convívio escolar.
Projeto
Pró-Leitura na Formação do Professor
Objetivo Geral
O Pró-Leitura visa a profissionalização dos
professores aliando pesquisa universitária, formação docente e prática
pedagógica, na área da aprendizagem da leitura o que implica uma renovação
tanto da formação inicial quanto da formação continuada, tanto da formação
teórica quanto da formação prática.
Composição do Projeto
Constitui-se de documento de referência básica, a
partir do qual os estados norteiam suas propostas de trabalho.
O referido Projeto apresenta seis eixos de
desdobramento:
1 – A definição de novos
currículos;
|
2 – A aprendizagem contínua da
leitura;
|
3 – A ligação com a pesquisa
universitária;
|
4 – A implantação e a movimentação
de bibliotecas escolares;
|
5 – Avaliação e regulação do
Projeto e;
|
6 – O desenvolvimento de
políticas de formação e leitura.
|
O Pró-Leitura busca criar uma rede de intercâmbio
entre os centros de formação, as escolas do ensino fundamental e as
universidades:
– facilitando a circulação das informações;
– observando e avaliando competências e;
– melhorando as estruturas de oferta de leitura na
escola.
O Projeto está implantado em 18 estados e conta com
um Comitê Assessor.
O Pró-Leitura inscreve-se no programa de Cooperação
Educacional Brasil-França. Foi concebido e vem sendo conduzido conjuntamente
pelo MEC e pela Embaixada da França.
Projeto
Pró-Matemática na formação do Professor
Objetivo Geral
O PRÓ-MATEMÁTICA destina-se a fortalecer a formação
dos educadores em Matemática e em Educação Matemática, mediante a redefinição
dos conteúdos e dos procedimentos pedagógicos adotados nos cursos de magistério
e de uma estratégia de estreita articulação entre teoria - prática docente –
pesquisa.
Composição do Projeto
Constitui-se de documento de referência básica, a
partir do qual os estados norteiam suas propostas de trabalho.
O Pró-Matemática enfatiza a reflexão sobre os
conteúdos e procedimentos da formação e da articulação entre teoria, a prática
docente e da pesquisa, nas quais se envolvam professorandos, professores do
ensino fundamental e da educação infantil, professores e formadores e
professores universitários.
O Projeto está implantado em 14 estados e conta com
um Comitê Assessor.
Este Projeto inscreve-se no programa de Cooperação
Educacional Brasil-França. Foi concebido e vem sendo conduzido conjuntamente
pelo MEC e pela Embaixada da França.
Referenciais
para formação de Professores
Objetivo dos Referenciais para
Formação de Professores
Os referenciais têm como objetivo promover a
reflexão e, ao mesmo tempo, orientar transformações na formação inicial e
continuada de professores.
Composição do Referencial
Este referencial compõe-se de um único volume, que
se apresenta com as seguintes partes:
o
Parte I – trata do panorama atual da formação.
o
Parte II – discute concepções sobre a natureza do
trabalho pedagógico.
o
Parte III – propõe objetivos e principais âmbitos
de conhecimento necessários à formação de professores.
o
Parte IV – aponta critérios para a organização
curricular das escolas de formação inicial e de programas de formação
continuada.
Concepções Sobre A Formação De
Professores: Do ponto de vista do modelo de formação
profissional, o documento aponta uma tendência no sentido de: promover
transformações necessárias nas instituições responsáveis por formar professores
de modo a assegurar desenvolvimento e diferentes competências profissionais;
assegurar condições adequadas de trabalho, remuneração e incentivos que tornem
o magistério uma opção atraente.
A formação preconizada pelo documento enfatiza o
processo contínuo e permanente de desenvolvimento, o que pede: do professor,
disponibilidade para a aprendizagem; da formação, que o ensine a aprender; e,
do sistema escolar, no qual ele se insere como profissional, condições para
continuar aprendendo.
Aponta também que a formação deve contemplar todos
os segmentos da educação básica com os mesmos fundamentos educacionais gerais e
mais as suas especificidades – a educação infantil de zero a três e de quatro a
seis anos, o ensino fundamental regular e suas variações: o trabalho na creche,
a educação de jovens e adultos, as classes multiseriadas nas escolas do campo,
a educação indígena, assim como os conhecimentos necessários à inclusão de alunos
com necessidades especiais.
A proposta apresenta possibilidades de como
contribuir para promover a profissionalização, na perspectiva do
desenvolvimento profissional permanente articulando as ações de formação, a
avaliação da atuação profissional e a progressão na carreira, para
implementação de uma cultura de responsabilidade por parte de todos os
envolvidos: secretarias de educação, agências formadoras e professores.
São também previstas ações que podem constituir-se
em possibilidades que cada sistema de ensino poderá implementar adequando-as à
sua realidade, assim como criar outras a partir de suas experiências. Procura
colocar num quadro único um conjunto dessas ações de modo a dar visibilidade às
suas especificidades e, ao mesmo tempo, suas conexões.
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