QUE COMPETÊNCIAS SE ESPERAM DE UM PROFESSOR NA HORA DE TRABALHAR?

QUE COMPETÊNCIAS SE ESPERAM DE UM PROFESSOR NA HORA DE TRABALHAR?


Primeiro: Ser capaz de ensinar aos alunos, despertar neles o desejo de aprender.
 Ser capaz de incrementar o conhecimento nos alunos para o século XXI, porque não é a mesma coisa a formação de hoje do que no século XIX. E isso nos exige incorporar os elementos pedagógicos, didáticos, de informática, de leitura, aquilo que faz com que o professor seja capaz de fazer a gestão da sala de aula para que todos os alunos alcancem as competências que se espera que ele tenha.
. Então a primeira competência que se espera dos docentes: é ser capaz fazer a gestão da sala de aula na qual se aprenda o que se espera que se aprenda.

Segundo: Ser capaz de organizar a aula para que todos seus alunos aprendam. É o que tem sido chamado, denominado e entendido como uma resposta à diversidade dos alunos em sala de aula.
 É um grande desafio ensinar alguns alunos, porém é mais difícil ensinar a muitos alunos em uma sala de aula. E, é claro, ensinar a todos é muito complicado.
Essa tarefa é uma competência que o professor deve ter. Essa é a responsabilidade e a profissão dos docentes. Ou seja, como trabalhar para conseguir que todos os alunos aprendam e para isso deve haver sensibilidade às diferenças dos alunos. Deve-se estar preparado, ter a capacidade de ter essa sensibilidade que se traduz depois em resposta educacional.
Esta é uma exigência de nossa profissão. Supõe atenção a grupos diferentes, ver como se acompanha a um e a outro, estar atento a ajudar. É desenvolver as competências que possibilitem que a sala de aula seja gerida de tal maneira que todos os alunos progridam em função do contexto no qual nos movemos e de suas possibilidades. Esta é a segunda competência para a que devemos nos preparar, porque temos a responsabilidade de nossa própria profissão, ou seja, ensinar.

A terceira competência: é em relação a favorecer o desenvolvimento social e emocional dos alunos e em conseqüência gerar círculos de convivência equilibrados e tranqüilos.
A tarefa do professor não é apenas dar conhecimento para tudo, também é ser sensível ao desenvolvimento social, emocional, afetivo, à criação de culturas, aula, instituições, nas quais se conviva melhor. Isto supõe participação, diálogo, representação dos alunos.
E é uma tarefa da escola e dos professores verificar como integrar os alunos ao projeto educacional, descobrir de que forma interessamos a eles.
Grande parte dos alunos fica entediada nas escolas e vão à escola como se fosse um castigo. Temos que ter compaixão, saber como fazer para que o aluno se sinta reconhecido na escola.
Minha experiência é que os alunos “mais briguentos” são, geralmente, os alunos menos reconhecidos, que respondem agressivamente contra a escola. Porém, quando o aluno assume uma responsabilidade escolar se sente mais vinculado, mais comprometido e mais integrado.
Quer dizer que a educação para a convivência, para o desenvolvimento afetivo de nossos alunos também é uma competência para a qual devemos estar preparados.

Quarta competência:

Eu diria que é trabalhar em conjunto e em equipe. A colaboração é de vital importância. Qual é a diferença entre colaborar e trabalhar em equipe? Porque o oposto é o individualismo, cada um faz o que pode. Na Colômbia, a diferença da Espanha, há uma tendência mais participativa. Isso é o que se espera do educador.
Dentro do trabalho participativo há dois níveis: a colaboração, que é conversar com o outro, é compartilhar idéias, é bater papo, é cooperação mútua, quando vão se vislumbrando pontos em comum.
A função dos professores já não é apenas trabalhar e ensinar em uma sala de aula com as crianças supõe muito mais, é trabalhar em equipe.
Isto nos leva então à quinta competência, que é trabalhar com as famílias.
A família é fundamental no progresso educacional do país. Mas como trabalhamos com as famílias?
 Trabalhar com a família, exige preparo. Exige entendê-la, cooperar com elas, saber entender os problemas e as dificuldades das próprias famílias.
Na profissão do docente é necessário que se incorporem mais duas dimensões, o caráter do controle, é algo mais do que as competências estritamente profissionais, que são o âmbito emocional e o âmbito moral.

No âmbito emocional, porque é uma profissão emocional. É uma profissão carregada de emoções, em especial com os alunos. A relação emocional com os alunos é uma relação complexa, como o é também com o Estado, com o companheiro.
Frente a esta situação devemos cuidar o nosso equilíbrio emocional e o equilíbrio dos demais professores, porque do contrário podemos nos sentir no limite, fartos e irados em nossa carreira e na forma de nos relacionar com nossos alunos. E como cuidar desse equilíbrio, como atingi-lo?

1. Mantendo a ilusão. Eu diria que são aqueles professores que têm desenvolvido algum projeto, algo inovador, algo que tem lhes permitido atualizar o que fazem.
2. Aqueles que têm se preocupado em aprender mais, em se atualizar mais. Tem mantido uma certa atualização de forma permanente.
3. Aqueles que têm mantido amigos e que também são companheiros. Tem sido capazes de criar um círculo de apóio mútuo.
4. Aqueles professores que têm mantido o afeto a seus alunos. Tem mantido apreço, preocupação e orgulho por eles.
5. Aqueles professores que de vez em quando reflitam sobre o sentido da educação. Que se perguntam:
  • Por que e para que devemos educar?
  • Por que estamos nisto?
  • E para que estamos nisto de educar?



Em relação ao compromisso moral: porque, no fundo, o sentido para mim da educação é mais do que uma profissão. Supõe uma ação ética e moral com as novas gerações e com o desenvolvimento de um país. 

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