Adonias Aguiar Filho



           
Adonias Aguiar Filho nasceu em Itajuípe, Bahia, em 27 de novembro de 1915 (1915 – 1990). Adonias Filho Jornalista, crítico literário, ensaísta e romancista, nasceu na Fazenda São João, no município de Itajuípe, BA, faz parte do grupo de escritores da chamada geração de 45, também denominada de 3a fase do Modernismo que se caracterizou por um retrocesso em relação às conquistas de 1922, ou seja, uma volta ao passado com a valorização formal, a busca do vocabulário erudito, e de referências mitológicas, o que justifica o seu fazer literário.
Após concluir seus estudos secundários em Salvador, Adonias Filho mudou-se em 1936 para o Rio de Janeiro, ainda capital do Brasil na época. Lá retomou sua carreira jornalística iniciada em Salvador, colaborando para jornais tais como o Correio da Manhã. Alcançando grande notoriedade como jornalista, ocupou o cargo de vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (1966) e de presidente da mesma associação em 1972. Além disso, foi presidente do Conselho Nacional de Cultura de 1977 a 1990.
Iniciou sua carreira literária em 1946 com a publicação de "Os servos da morte". Tendo nascido na zona do cacau no sul da Bahia, Adonias Filho, assim como Jorge de Amado, tirou desse ambiente o material para sua obra. Pertencendo ao grupo de escritores da terceira fase do Modernismo, voltou-se para a literatura regionalista de forma a ampliar seu sentido para o universal. Foi eleito em 14 de janeiro de 1965 para a Cadeira n. 21 da Academia Brasileira de Letras. 
Jornalista, crítico, ensaísta e romancista brasileiro nascido na Fazenda São João, em Ilhéus, Estado da Bahia, cujos romances se distinguiram pelo seu estilo áspero e seco. Filho de Adonias Aguiar e de Rachel Bastos de Aguiar, concluiu o curso secundário no Ginásio Ipiranga, em Salvador (1934), quando começou a fazer jornalismo, mas transferiu-se para o Rio de Janeiro (1936), onde foi colaborador de vários jornais.
 Foi crítico literário dos Cadernos da Hora Presente, de São Paulo (1937), crítico literário de A Manhã (1944-1945), do Jornal de Letras (1955-1960) e do Diário de Notícias (1958-1960). Foi diretor do Instituto Nacional do Livro (1954-1955), do Serviço Nacional de Teatro (1954-1956), da Biblioteca Nacional (1961) e da Agência Nacional (1964). Foi eleito (1964) para a cadeira no 21 da Academia Brasileira de Letras, antes ocupada por Álvaro Moreira, e assumiu (1972) a presidência da Associação Brasileira de Imprensa e, aposentado, voltou para a Bahia e morreu em sua cidade natal. 
Ambientando seu palco ficcional na região cacaueira do sul da Bahia, entre seus livros mais conhecidos estão os romances: Servos da morte" (1946), "Memórias de Lázaro" (1952), "Corpo vivo" (1962), "O forte" (1965), "A nação grapiúna" (1965), "Léguas da promissão" (1968), "Luanda Beira Bahia" (1971), "Sul da Bahia chão de cacau" (1976) e "A noite sem madrugada" (1983) e os ensaios literários de Modernos ficcionistas brasileiros (1958). Entre outros autores traduziu William Faulkner, Virginia Woolf e Graham Greene.
Criador de um mundo trágico e bárbaro, os romances que compõem o ciclo do cacau são: Servos da Morte (1946), Memórias de Lázaro (1952) e Corpo Vivo (1962). Com base em raízes históricas, publicou Sul da Bahia: Chão de Cacau (1976), importante ensaio sociocultural onde analisa, documentalmente, mais de um século e meio de estruturação social, examinando todas as contribuições culturais que acabaram por definir a “Civilização Baiana do Cacau”.
Adonias Filho faleceu em sua fazenda no distrito de Inema, em Ilhéus, em 2 de agosto de 1990. 

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