EDUCANDO PARA A PAZ
EDUCANDO PARA A PAZ
Educar
para paz é um dos grandes desafios de nossa sociedade, pois vivemos em uma
cultura bélica, individualista e consumista. Neste contexto, valores como solidariedade,
tolerância, respeito às diferenças, generosidade e humildade estão cada vez
mais distantes do mundo dos jovens e das famílias.
“Pensar
em uma cultura de paz exige a necessidade de transformações (...)
indispensáveis para que a paz seja o princípio governante de todas as relações
humanas e sociais que vão desde a dimensão de valores, atitudes e estilos de
vida, até a estrutura econômica e jurídica e a participação cidadã.” (Feizi
Milani, 2003, p. 31)
As
famílias acabam tendo dificuldades de exercer o papel de educadores diante da
influência crescente da mídia e do grupo de pares, enfraquecendo a autoridade
parental e fragilizando os laços familiares. A inserção no mercado de trabalho
de ambos os pais faz com que os momentos de lazer em muitas das famílias se
tornem cada vez menos frequentes e, não raro, o diálogo e o afeto são
substituídos por bens materiais.
A paz é ensinável
A paz é ensinável
A
construção e o fortalecimento dos laços familiares demandam ações como a
afirmação da identidade pessoal e cultural, vivência, reflexão e respeito aos
valores éticos universais, educação ambiental, sensibilização quanto a questões
étnicas e de gênero, mobilização e promoção do bem-estar coletivo, bem como
aprendizado para que os conflitos sejam resolvidos de forma pacífica e não de
forma violenta.
Estabelecer
a convivência em harmonia na família significa possibilitar condições de vida,
educação, moradia, saúde, direito de expressão, liberdade de ir, vir,
permanecer, trabalho, dentre outros, considerando os jovens como sujeitos de
direitos e não meros consumidores.
A construção da paz constitui-se numa tarefa primordial e interativa de cada ser humano, pois somos todos sujeitos da vocação da paz. Ao mesmo tempo em que a violência é aprendida, a paz é ensinável. É nesta perspectiva que as famílias podem trabalhar com seus filhos, buscando formas de inculcar mensagens e atitudes positivas, centradas nas potencialidades e não nas fragilidades do sujeito.
A construção da paz constitui-se numa tarefa primordial e interativa de cada ser humano, pois somos todos sujeitos da vocação da paz. Ao mesmo tempo em que a violência é aprendida, a paz é ensinável. É nesta perspectiva que as famílias podem trabalhar com seus filhos, buscando formas de inculcar mensagens e atitudes positivas, centradas nas potencialidades e não nas fragilidades do sujeito.
Valorizar
pequenos gestos de amizade, companheirismo, ouvir com atenção, respeitar
opiniões diversas, visando ao equilíbrio nas relações e preservando o espaço e
a autonomia do jovem. Favorecer o protagonismo juvenil implica reconhecer o
jovem como sujeito do seu próprio processo de desenvolvimento, o que exige o
acompanhamento pela família, que assume novas formas na contemporaneidade.
Sempre o diálogo
O grande desafio para as famílias é fazer com que o diálogo e o afeto façam parte do cotidiano. Esta abertura para com os filhos exige compreensão das diferenças, flexibilidade para aceitar o novo, reciprocidade e respeito, valores que, constantemente semeados, possibilitam uma relação de confiança e enriquecedora para todos os membros.
“Em um diálogo não há a tentativa de fazer prevalecer um ponto de vista particular, mas a de ampliar a compreensão de todos os envolvidos” (David Bohm).
Patrícia
Krieger Grossi, doutora em Serviço Social, professora na Faculdade de Serviço
Social da PUCRS e coordenadora do Grupo de Estudos da Paz (Gepaz).
Endereço eletrônico: pkgrossi@pucrs.br
e Heloísa Arrussul Braga, assistente social, integrante do Gepaz e do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Violências, Ética e Direitos Humanos.
Endereço eletrônico:heloisa.a.social@gmail.com
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