Dia do Hino Nacional Brasileiro
Dia do Hino Nacional
Brasileiro
O Dia
do Hino Nacional Brasileiro é comemorado em 13 de abril. Essa data faz referência à
primeira vez que o hino foi executado publicamente, em 1831.
Letra do Hino
Nacional Brasileiro
PRIMEIRA PARTE
Ouviram do Ipiranga as
margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
SEGUNDA PARTE
Deitado eternamente em
berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.
Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.
Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
A música do Hino Nacional do Brasil foi composta
por Francisco Manuel da Silva em 1822. A letra do Hino veio anos mais tarde, em
1909, escrita por Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927).
O Hino Nacional Brasileiro – composto por Francisco
Manuel da Silva – se tornou oficial durante as comemorações do centenário da
Independência do Brasil, em 1922.
No entanto, a letra e música que é conhecida
atualmente – composta por Joaquim Osório Duque Estrada – só foi oficializada em
1º de setembro de 1971, através da lei nº 5.700.
O Hino Nacional é um dos símbolos da
República Federativa do Brasil, e desde 2009 é obrigatório que seja cantado
pelo menos uma vez por semana em todas as escolas públicas e particulares do
país.
O processo de criação de um hino nacional que
representasse a independência do Brasil foi bastante complicado.
Por que o
dia 13 de abril?
O Dia do Hino Nacional Brasileiro é
celebrado em 13 de abril. A
escolha dessa data deve-se ao fato de que, na noite do dia 13 de abril de 1831,
a música do nosso hino foi tocada pela primeira vez no Teatro São Pedro de Alcântara, na
cidade do Rio de Janeiro. Até abril de 1831, o hino considerado “nacional” era
o Hino da Independência, composto pelo próprio imperador D. Pedro I.
Francisco
Manuel da Silva e a criação do Hino Nacional
O
responsável pela criação da música do hino, isto é, da parte instrumental, foi
o maestro Francisco Manuel da
Silva (1795-1865), cofundador da Imperial Academia de Música e do
Instituto Nacional de Música (para conhecer detalhes da biografia de
Francisco Manuel da Silva, clique aqui.).
A música do hino teria sido composta logo após os acontecimentos que marcaram o
dia 7 de abril de
1831. Nesse dia, o então imperador D. Pedro I abdicou
do trono a favor de seu filho, D. Pedro de Alcântara – futuro D. Pedro II.
A abdicação de D. Pedro ocorreu
em razão de pressões políticas internas e externas ao país (que podem ser
melhor compreendidas aqui).
Muitos brasileiros, entre políticos, artistas, jornalistas e intelectuais,
contrários a D. Pedro I e aos lusitanos partidários do imperador, vibraram com
a sua abdicação. Francisco Manuel era um deles e compôs o hino para saudar o
futuro que viria com o novo imperador, este, sim, nascido no Brasil.
Como é
sabido, o filho de D. Pedro I, Pedro de Alcântara, nascido no Rio de Janeiro,
ainda era uma criança quando houve a abdicação. Foi necessária, portanto, a
composição de um regime de governo que preparasse o terreno para o novo
imperador. Esse regime ficou conhecido como Regência, ou Período
Regencial. Havia, por parte de brasileiros como o
maestro Francisco Manuel, uma grande expectativa com relação a essa nova fase
da política brasileira. A primeira
letra para a música do hino, elaborada por Ovídio Saraiva, refletia bem esse
contexto, como pode ser visto nas estrofes abaixo:
Uma prudente regência
Um monarca brasileiro
Nos prometiam venturosos
O porvir mais lisonjeiro.
Um monarca brasileiro
Nos prometiam venturosos
O porvir mais lisonjeiro.
E vós donzelas
brasileiras
Chegando de mães ao estado
Dai ao Brasil tão bons filhos
Como vossas mães tem dado.
Chegando de mães ao estado
Dai ao Brasil tão bons filhos
Como vossas mães tem dado.
Contudo, a
parceria entre a música de Silva e a letra de Saraiva não chegou a se tornar
algo sólido e duradouro. No auge do Segundo Reinado, por exemplo, era frequente que o Hino Nacional
fosse executado sem o acompanhamento da letra.
Reforma do Hino com Alberto Nepomuceno e Osório
Duque-Estrada
Quando houve
a Proclamação da República, em
novembro de 1889, os republicanos desejaram a composição de um novo hino para
celebrar o novo regime político. Para tanto, foi realizado um concurso.
Entretanto, a nova música selecionada não agradou ao então presidente Deodoro da Fonseca, que optou pela
permanência da música de Francisco Manuel da Silva. O hino permaneceu por algum
tempo sem uma nova letra, até que, em 1906, um membro do Instituto Nacional de Música,
chamado Alberto Nepomuceno,
propôs ao presidente da República Afonso
Pena uma reforma do Hino Nacional Brasileiro. Essa reforma
alteraria alguns elementos da parte instrumental e acrescentaria também uma
nova letra.
Tão logo a
reforma foi autorizada, um novo concurso foi feito para eleger a nova letra. O
vencedor do concurso foi o professor e poeta Osório Duque-Estrada (1870-1927). A letra de Duque-Estrada
tinha a maior parte feita com versos mais longos que os de Ovídio Saraiva,
seguindo o modelo apreciado na época e muito utilizado pelos poetas parnasianos, isto é, o verso de dez sílabas métricas com
marcação na sexta e na décima sílabas tônicas. Esse verso é conhecido
como decassílabo heroico e
ajustou-se bem à parte instrumental reformada por Nepomuceno.
Por Me. Cláudio Fernandes
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