CONTRATO DE CONVIVÊNCIA EM SALA DE AULA: O QUE É? COMO FAZER?
Combatendo a indisciplina com regras pré-definidas
e combinadas.
No dia a dia das escolas, uma das
maiores queixas dos educadores é a questão da disciplina em sala de aula.
Perde-se tempo precioso combatendo a indisciplina. Combinar logo no começo do
semestre regras comuns para todos da turma é uma solução, aplicada e testada,
para a indisciplina. O Chamado contrato de convivência é
um instrumento valioso para que a aula seja mais produtiva e com a indisciplina
reduzida.
O contrato de convivência tem
como objetivo entrar em acordo com a turna sobre as
regras, os combinados a serem utilizados durante o ano (ou semestre),
facilitando a relação com os alunos.
É de grande utilidade para o professor,
auxiliando a manter a disciplina dentro de sala de aula. Em turmas com vários
professores - como no ensino médio - o contrato de convivência pode
ser elaborado por todos os professores, formando ao final um único contrato que
valerá para todas as disciplinas.
Porém, é possível que se faça um
contrato de convivência somente para a sua aula.
Como deve ser um contrato
de convivência:
·
Direto, simples e com um número
reduzido de combinados;
·
Possível de ser cumprido;
·
Deve ser construído junto com a
turma e alinhado com as regras da escola.
Por que usar o contrato de convivência
Regras prontas só servem para serem descumpridas ou testadas. Soa
como uma imposição. No contrato de convivência o
professor constrói junto com os alunos um conjunto de regras,
ouve sugestões, orienta e conduz para regras sadias. Algumas vezes é possível
colocar as mesmas regras da escola de forma diferente.
“ O combinado não sai caro.”
O contrato de convivência possibilita aos alunos participarem e
sentirem-se importantes na elaboração de regras. Logo, são impelidos para
cumpri-las.
Embora espera-se a ampla participação da classe, pode ocorrer que
as contribuições sejam mínimas ou sem sentido. Lembre-se: os alunos em sua
maioria, não estão acostumados com este tipo de trabalho.
Talvez seja necessário o professor conduzir como fazer o contrato
de convivência, fazendo os alunos enxergarem o objetivo e sugerindo e
explicando regras para facilitar a contribuição.
Se você não tem ideia de como fazer um contrato
de convivência, ao final deste artigo tem um modelo de aula para
aplicar o contrato de convivência em sala de aula.
O BOM CONTRATO DE
CONVIVÊNCIA DEVERÁ TER:
·
A participação de todos os
alunos, de forma ativa.
·
Deve ser elaborado na primeira
ou segunda aula do semestre, antes de começar o conteúdo.
·
O professor deve ter seu
planejamento em dia, de forma a adaptar o contrato de convivência para
situações futuras. Exemplo: "Programei neste semestre um passeio, desta
forma o contrato de convivência, deve trazer alguma regra que seja útil para a
disciplina durante o passeio".
·
Todos os alunos, juntamente com
o professor devem assinar o contrato de convivência.
·
As
regras devem ser sérias, alguns
alunos as descumprirão na primeira semana para testar a reação do professor.
·
Embora seja evitável a punição,
o contrato de convivência pode estabelecer punições para os alunos que
descumprirem as regras. No punir seja sempre humano porém, seja rígido.
O QUE NÃO DEVE SER O
CONTRATO DE CONVIVÊNCIA:
·
Uma imposição das regras do
professor, embora com a didática certa, possa convencer os alunos de alguma
regra que deseje.
·
Uma brincadeira, um contrato de
"mentirinha", usado só para passar o tempo no primeiro dia de aula.
·
A opinião de somente alguns
alunos e não do coletivo.
·
Escrever várias regras sem
saber o sentido e o que significam;
MAIORES DIFICULDADES
AO APLICAR O CONTRATO DE CONVIVÊNCIA:
·
Alunos sem costume de opinar;
·
Alunos sem comprometimento com
as regras ou com a vida escolar;
·
Professores com a cultura de
"minha aula, minhas regras";
·
Professores sem didática para
conversar, ouvir, estimular opiniões;
·
Professores que criam os
contratos de convivência e o deixam de lado, impondo novamente suas regras ou
criando novas.
·
A crítica de outros colegas,
normalmente invejosos, quanto aos seus métodos;
·
Falta de apoio da equipe
pedagógica;
·
Realizar o contrato de convivência
com adolescentes, da mesma forma que o faz com as crianças.
·
Não guardar o contrato assinado
por todos os alunos (em caso de turmas com professores rotativos, onde não é
possível deixar fixado na parede).
Fazendo
um Contrato de Convivência na prática
Objetivo
da atividade: Estabelecer regras e combinados. Trabalhar o consenso dos alunos
participantes da classe.
Público: Alunos
Materiais: Tarjetas de papel, cartolina, canetas piloto e fita-crepe.
Etapa
1: O professor deve abordar questões do cotidiano como pontualidade, respeito,
saídas constantes da sala de aula, atividades feitas fora do prazo, momentos de
descontração e de alegria, etc. É interessante que o professor dispare algumas
questões como:
– O que queremos nessa turma, disciplina, curso, etc.?
– Como podemos ter uma boa relação uns com os outros?
– O que é necessário para tornarmos nosso ambiente agradável?
·
Cada um expressará seu ponto de vista
contribuindo para a construção do contrato de convivência.
·
Etapa 2: Depois da realização da
conversa peça aos participantes que reflitam sobre as regras estabelecidas no
futebol (impedimento, faltas e incorreções, pênalti, arremesso lateral, área de
meta, escanteio, etc.).
·
Após a troca de ideias peça que
escrevam suas propostas numa tarjeta.
·
Etapa 3: O professor deve colocar a
cartolina na lousa e dividirá em duas colunas colocando na primeira a frase: “O
que queremos…” e na segunda coluna: “O que não queremos…”.
Cada aluno deverá fixar sua proposta que está na tarjeta na coluna adequada.
Assim que todos se sentirem satisfeitos, peça a alguém que faça uma leitura
geral e inclua outras ideias que não surgiram no painel.
·
É interessante que o professor associe
a importância das regras do esporte com a necessidade de regras, combinados e
trabalho em equipe para um bom desenvolvimento do curso. Esse instrumento
também ajudará o educador na resolução de conflitos.
Sugestão 1: Após definida as regras, é
hora de passar para a cartolina o contrato de convivência.
Lembre-se que todos, inclusive o professor, devem assina-lo. A forma como isto
será feito depende do nível de idade escolar dos alunos.
·
Sugestão 2: Após a elaboração e
discussão de cada regra peça aos adolescentes que personalizem o contrato
de convivência. Trabalhando a criatividade, a personalização, a
integração e descontração dos alunos ao iniciar o contato com a disciplina.
https://www.maiseducacao.blog.br/2017/12/contrato-de-convivencia-em-sala-de-aula.html
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