FUNÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Dentro das inúmeras mudanças
que ocorrem na sociedade atual, de ordem econômica, política, social,
ideológica, a escola, como instituição de ensino e de práticas pedagógicas,
enfrenta muitos desafios que comprometem a sua ação frente às exigências que
surgem. Assim, os profissionais, que nela trabalham, precisam estar conscientes
de que os alunos devem ter uma formação cada vez mais ampla, promovendo o
desenvolvimento das capacidades desses sujeitos.
Para tanto, torna-se necessária
a presença de um coordenador pedagógico consciente de seu papel, da importância
de sua formação continuada e da equipe docente, além de manter a parceria entre
pais, alunos, professores e direção.
"a função de coordenação pedagógica é o
suporte que gerencia, coordena e supervisiona todas as atividades relacionadas
com o processo de ensino e aprendizagem, visando sempre à permanência do aluno
com sucesso."
Segundo Clementi (apud
Almeida), cabe ao coordenador "acompanhar o projeto pedagógico, formar
professores, partilhar suas ações, também é importante que compreenda as reais
relações dessa posição."
Partindo desse pressuposto,
podem-se identificar as funções formadora, articuladora e transformadora do
papel desse profissional no ambiente escolar. Considerando a função formadora, o coordenador
precisa programar as ações que viabilizem a formação do grupo para qualificação
continuada desses sujeitos. Consequentemente, conduzindo mudanças dentro da
sala de aula e na dinâmica da escola, produzindo impacto bastante produtivo e
atingindo as necessidades presentes.
Na reflexão da ação
coordenadores encontram momentos riquíssimos para a formação. Isso acontece à
medida que professores e coordenadores agem conjuntamente observando,
discutindo e planejando, vencendo as dificuldades, expectativas e necessidades,
requerendo momentos individuais e coletivos entre os membros do grupo,
atingindo aos objetivos desejados.
Acreditar no papel do
coordenador é entender as transformações atuais do processo educativo e
perceber o quanto essa evolução trouxe problemas como os enfrentados todos os
dias no espaço escolar. Por mais que o coordenador pedagógico seja político e
democrático, ele não dá conta de resolvê-los. Essa tarefa formadora,
articuladora é difícil, primeiro porque não há fórmulas prontas a serem
reproduzidas. É preciso criar soluções adequadas a cada realidade.
Mudar as práticas pedagógicas
não se resume em uma tarefa técnica de implementação de novos modelos,
significa reconhecer limites, alterar valores, empreender mudança em torno da
cultura organizacional.
O trabalho do Coordenador
Pedagógico, nas últimas décadas, tem-se pautado em projetos que busquem
soluções para as dificuldades que são enfrentadas no cotidiano da escola. Ele é
o profissional responsável pelo projeto político-pedagógico das unidades de
ensino, que estabelece a aproximação entre escola e comunidade, media o
trabalho dos professores, promove a interdisciplinariedade e através de
projetos e estratégias pedagógicas, tornar as escolas mais atrativas para o
aluno diminuindo a evasão.
O coordenador é o articulador
do processo de ensino-aprendizagem. Atuação do coordenador é sempre
solidária, mas, no decorrer do dia é um solitário que chora , pede socorro, ri
e enfrenta milhares de problemas pessoais como outros profissionais. Contribui,
e às vezes não encontra contribuição, ensina valores e nem sempre é valorizado.
Esperam-se do Coordenador Pedagógico liderança, conhecimento, paciência,
vocação, amor, democracia e articulador.
Muitas vezes, a escola e o
coordenador se questionam quanto à necessidade desse profissional e chegam à
conclusão que esse sujeito pode promover significativas mudanças, pois esse
trabalha com formação e informação dos docentes, principalmente. O espaço
escolar é dinâmico e a reflexão é fundamental a superação de obstáculos,
socialização de experiências e fortalecimento das relações interpessoais.
O Coordenador Pedagógico é
imprescindível e fundamental no espaço escolar, pois busca integrar os
envolvidos no processo ensino-aprendizagem mantendo as relações interpessoais
de maneira saudável, valorizando a formação do professor e a sua, desenvolvendo
habilidades para lidar com as diferenças com o objetivo de ajudar efetivamente
na construção de uma educação de qualidade. Porém, não existem modelos para a
formação da identidade de um coordenador; ela é construída, mas, é preciso
refleti-la e criar um espaço só para os Coordenadores Pedagógicos debaterem sua
prática.
“A qualidade irregular da supervisão do praticum e a falta de preparação formal, quer coordenadores universitários, quer dos coordenadores das escolas” (Zeichner, 1992:119), tem contribuído para que não melhore a qualidade da formação dos profissionais que atuam na escola, docentes ou não.
As relações interpessoais permeiam a prática do coordenador que precisa articular as instâncias escola e família sabendo ouvir, olhar e falar a todos que buscam a sua atenção.
“A qualidade irregular da supervisão do praticum e a falta de preparação formal, quer coordenadores universitários, quer dos coordenadores das escolas” (Zeichner, 1992:119), tem contribuído para que não melhore a qualidade da formação dos profissionais que atuam na escola, docentes ou não.
As relações interpessoais permeiam a prática do coordenador que precisa articular as instâncias escola e família sabendo ouvir, olhar e falar a todos que buscam a sua atenção.
Conforme Almeida(2003), na
formação docente, "é muito importante prestar atenção no outro, em seus
saberes, dificuldades", sabendo reconhecer e conhecer essas necessidades
propiciando subsídios necessários à atuação. Assim, a relação entre professor e
coordenador, à medida que se estreita e ambos crescem em sentido prático e
teórico(práxis), concebe a confiança, o respeito entre a equipe e faborece a
constituição como pessoas.
Na parceria escola X família,
esse profissional é requerido para estreitar esses laços e mantê-los em prol da
formação efetiva dos educandos à medida que cada instância assuma seu papel social
diante desse ato indispensável e intransponível.
Como ressalta Alves (apud
Reis,2008) "homens que através de sua ação transformadora se transformam.
É neste processo que os homens produzem conhecimentos, sejam os mais singelos,
sejam os mais sofisticados, sejam aqueles que resolvem um problema cotidiano,
sejam os que criam teorias explicativas."
Assim, é papel do coordenador
favorecer a construção de um ambiente democrático e participativo, onde se
incentive a produção do conhecimento por parte da comunidade escolar,
promovendo mudanças atitudinais, procedimentais e conceituais nos indivíduos.
Apesar das inúmeras
responsabilidades desse profissional já descritas e analisadas aqui, o
coordenador pedagógico enfrenta outros conflitos no espaço escolar, tais como
tarefas de ordem burocrática, disciplinar, organizacional.
Assumir esse cargo é sinônimo de enfrentamentos e atendimentos diários a pais, funcionários, professores, além da responsabilidade de incentivo a promoção do projeto pedagógico, necessidade de manter a própria formação, independente da instituição e de cursos específicos, correndo o perigo de cair no desânimo e comodismo e fatores de ordem pessoal que podem interferir em sua prática.
Assumir esse cargo é sinônimo de enfrentamentos e atendimentos diários a pais, funcionários, professores, além da responsabilidade de incentivo a promoção do projeto pedagógico, necessidade de manter a própria formação, independente da instituição e de cursos específicos, correndo o perigo de cair no desânimo e comodismo e fatores de ordem pessoal que podem interferir em sua prática.
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