FALAR UM POUCO SOBRE ITAJUÍPE


A HISTÓRIA DE ITAJUÍPE
Segundo pesquisa, o atual município de Itajuipe, tem suas origens na região do Sequeiro do Espinho, que pertencia a Ilhéus e se estendia até o município de Igauí. As primeiras notícias do povoado datam de 1892, quando aqui chegaram os primeiros exploradores. Conforme escritos, no Livro de Tombo da Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus, feito por Frei Bento Souza, o primeiro povoador de Pirangi foi Antônio José de Oliveira, natural de Oricó - Mirim, município de Camamu. Aqui chegou pela primeira vez em 15 de setembro de 1892 para ver o terreno. Em 1983 abriu a mata estabelecendo-se a 1 km descendo o rio que hoje é a sede do município. A 4 km deste desmatamento já havia parentes seus, também naturais de Camamu, estabelecidos nas matas. Em outubro de 1984 chegou seu companheiro Pedro Portella, natural de Rebouças, em Camamu. Vieram atraídos pela fama do cacau que já era grande no dizer de Pedro Portella a Frei Bento. Portella estabeleceu-se junto a Antônio José à montante (para o lado da nascente do rio). Toda a zona era habitada por caboclos selvagens, tornando constante a luta entre desbravadores e nativos da terra. Aos poucos, os chegantes foram expulsando os mais bravios e aceitando a convivência dos que tinham índole mais serena, até a total pacificação da zona entre as duas raças. Com autorização municipal, Antônio José fez o primeiro cemitério em suas terras, recebendo de Pedro Portella, por doação, um pedaço de terreno. Em 1900, Monsenhor José Bittencourt, vigário de Ilhéus, foi quem benzeu este cemitério. Esta foi a primeira vez que um sacerdote chegou as terras do Sequeiro do Espinho. Cita-se, também, que dentre os primeiros desbravadores desta zona, destacam-se os irmãos de Maria Camamu, Virgílio, Cândido e Licínio. Eles abriram as matas nas terras hoje ocupadas pela Praça Gabino Kruscheswsky, rua 13 de maio, e rua 24 de outubro, hoje Thomaz Barra. Os irmãos Joaquim e Miguel Pinheiro aqui chegaram em 1905. Ainda no período de 1982/1905 instalaram-se na região os pioneiros João Ferreira, Manoel Biano, Antônio Ciríaco, Firmo Nascimento, Henrique Berbet, João Lourenço da Rocha e Félix da Lira (que deu nome ao Ribeirão de Félix). O arraial recebeu nome depois que os ingleses construíram uma estrada-de-ferro, e deram ao local a denominação de Ponta do Sequeiro do Espinho. Anteriormente chamou-se Golfo até a enchente que destruiu a maioria das casas, tendo seus moradores erguidos novas casas 1 km rio acima, por imposição do proprietário da Fazenda Golfo. Assim, o novo povoado recebe o nome de Ouro Preto até a sua total destruição, 1919, quando houve sangrentas lutas entre as famílias de Basílio de Oliveira e Sinhô Badaró, colonizadores, pela posse das terras. As famílias foragidas que tinham se abrigado nas matas, construíram novas casas a 3 km rio acima formando um arruado. Conta-se que Juvenal Soares construíra, em terrenos seus, a primeira casa de telhas em 1907, onde botou uma boa casa de negócios que se tornou afamada como nenhuma outra mais depois dela, na zona do Sequeiro. Mais tarde, perto da casa de Juvenal Batista Soares a primeira farmácia de Pirangi. Mais adiante, Pompílio José Fernandes abriu uma espécie de restaurante para tropeiros e viajantes. Anteriormente, inaugurou-se na Bahia, perto da Agência da Companhia Baiana um restaurante muito conhecido, "Café Pirangi". Pompílio Fernandes botou também no seu restaurante, do arruado, o nome de Café Pirangi e mandou escrever este nome no pequeno passeio do seu estabelecimento. Era garçom um certo José que logo recebeu o nome de José Pirangi pelo qual ficou conhecido como também o proprietário, funcionários e descendentes, estendendo-se para o comércio e depois para toda a Zona. E por Pirangi ficou conhecido o antigo povoado de Sequeiro do Espinho. Surgiu em terras de Ilhéus o povoado de Pirangi, que impulsionado pela construção da estrada-de-ferro desenvolveu-se economicamente.
O distrito de Pirangi teve seu nome mudado para ITAJUÍPE que é o atual nome pelo Decreto-Lei Estadual n.º141, de 1943. Segundo informações de antigos moradores que ouviram de seus descendentes havia na região, ao longo do rio, muitas pedras e entre elas arbustos espinhosos chamados "unha de gato", dando o nome de Itajuípe o qual significa "PEDRA E ESPINHO".
Existe outra versão atribuída aos mais românticos em que a palavra ITAJUÍPE significa "CAMINHO DE ÁGUAS ENTRE PEDRAS E ESPINHO" (alusão ao Rio Almada)

LIMITES
• Norte: Coaraci e Ilhéus;
• Sul: Lomanto Júnior;
• Leste: Itabuna;
• Oeste: Uruçuca.

LOCALIZAÇÃO
• Zona Central da Região Cacaueira, Sul do Estado da Bahia.

EXTENSÃO
• 324 km².

DISTÂNCIA DA CAPITAL DO ESTADO
• 420 km.

RODOVIAS DE ACESSO
• BA - 262, BA – 120 e BR – 101.

CLIMA
• Quente e úmido.

TEMPERATURA
• Entre 15º e 36º.

ALTITUDE
• 82m acima do nível do mar.

RELEVO
• 80% dos solos com relevo acidentado. Destaques para as serras: Zabelona, Vinhático, Braço do Norte, Juçara e União.
CURSOS D’ÁGUA
• Rio Almada e seus afluentes: Ribeirões da Pedra Redonda, da Lagoa, da Juçara, do Félix, da Pólvora, do Vinhático, do Boqueirão, Sào José, Tararanga, da Cabeça D’Anta, dos Macacos, da Água Preta.
• Lago Humberto Badaró com 800m de cumprimento, 30m de largura e 02m de profundidade;
• Lagoa Antônio Salestiano no lado oposto, ambos formando o Parque Aquático.

ACIDENTES GEOGRÁFICOS
• Ilhas: de Santo Expedito, das Duas Passagens e do Sapo.

POPULAÇÃO
• 27.170 habitantes, sendo 13.855 masculinos e 13.315 femininos.

DENSIDADES DEMOGRÁFICAS
• 80,6 habitantes por Km², com 17.360habitantes na Zona Urbana e 9.810 na Zona Rural.

DIVISÃO ADMINISTRATIVA – SEDE com os Bairros;
• Alto da Liberdade;
• José de Anchieta;
• URBIS;
• Bairro Novo Calçado;
• Bairro Novo Descalçado;
• Santa Rita de Cássia;
• Santo Antônio;
• Santa Edwirgens;
• Beira Rio
• Nova Itabuna.

DISTRITOS
• Bandeira do Almada;
• Sequeiro Grande.

POVOADOS
• União Queimada;
• Ruinha de São Cristóvão

RIO ALMADA
Nascente: Serra do Sete Paus, a 750m acima do nível do mar.
Município: Almadina.
Percurso: 74 Km da nascente até a foz.
Origem do nome: Homenagem do português Fernado de Barros à sua esposa, a portuguesa Maria Almada.
Formação: Nasce de vários veios d'água os quais se formam por minadouros, demarcando um divisor de águas, originando um riacho que forma o Rio Almada.
Cidades que banha: Almadina, Coaraci, Itajuípe, Lomanto Júnior, Uruçuca e Ilhéus.
Cidades que abastece: Oferece água para o consumo às comunidades de Almadina, Coaraci, Itajuípe, Lomanto Júnior, Uruçuca e Itabuna.
Afluentes: Rios do Braço, São José, Água Preta, Ribeirões do Boqueirão, Sete Voltas, da Pólvora, da Lagoa, do Braço do Norte, do Félix, da Tararanga, dos Macacos, da Jussara, da Cabeça d'Anta.
O Rio Almada desagua no Município de Ilhéus, exatamente na barra do Rio Itaípe. No início do século o Rio Almada era navegável e o principal meio de transporte do cacau, através de canoas para a estação Ferroviária no Ponto do Sequeiro de Espinho, pequeno arruado nas proximidades da Fazenda Golfo. Este Rio foi fator preponderante para o desenvolvimento da Região Cacaueira, fortalecendo a economia.

Comentários

  1. PRIMA QUE MARAVILHA ADOREI SEU BLOG. bJOKAS KAMILLY

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Kamilly espero poder colaborar com colegas educadores. Beijos!

      Excluir
  2. Fui criado às margens do Rio do Almada na zona do Sequeiro Grande, município de Itajuípe, Tenho 80 anos. Sinto saudade do nosso querido Rio do Almada. Peço ao Criador que ilumine aos governantes para cuidar melhor das riquezas naturais.

    ResponderExcluir
  3. eu mi criei tambem na beira do rio almada,tomando muitos banho no poço
    da fartura no bairro de pitangueira com a fazendo do galo morto,que saldades
    dos belos tempos de criança,simples de coração,meu era tropeiro.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas