EDUCAÇÃO INTEGRAL

António Nóvoa, identifica três revoluções principais a serem levadas em conta para se pensar os atuais caminhos da educação.

A primeira delas, relacionada à aprendizagem, diz de uma condição libertadora, que coloca o conhecimento como algo que emancipa o indivíduo; a segunda, diz respeito aos espaços escolares que devem acolher dinâmicas de interação, partilha, colaboração e cooperação, visando a construção coletiva de um projeto educativo; e por fim, a revolução no território como cidade educadora, que reconhece a existência de educação para além da escola e aponta para a necessidade de compreender todas as dimensões educativas que existem na sociedade.

A educação deve trilhar o caminho da cidadania e, nessa perspectiva, formar cidadãos preparados para a vida, a partir de todas as suas dimensões humanas, prevendo a sua integralidade.

Há muito já se discute a educação integral como um direito do indivíduo e essa condução ao longo do tempo leva à certeza de que é preciso repensar não só os tempos e espaços de aprendizagem, como a estruturação curricular das escolas.

É fundamental que os recursos e espaços estejam associados aos significados e sentidos da aprendizagem. Valorizar áreas educativas que eram equivocadamente desvalorizadas na (e pela) escola.

No caso de aumentar o tempo do turno das crianças na escola, é preciso cuidar para que não haja uma hiper escolarização da vida das crianças, já que é forte a tendência pela implementação de projetos que tendem a privilegiar os pacotes mais escolares. “A resolução dos sucessos acadêmicos não passa por mais escola, mas por melhor escola, por uma aprendizagem diferente”

É preciso que os projetos de ampliação de turno escolar deixem claro suas intenções pedagógicas, para que não apenas se evidenciem razões econômicas, políticas e sociais que dão margem à dualidade de interpretações pela sociedade.

 

 


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