CARNAVAL - SALVADOR E OLINDA
História do Carnaval
O
entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas
festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França,
o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam
máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo
também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem
europeia.
No
Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos
carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos,
tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam,
decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está aí
a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.
No
século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa
popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As
músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.
Carnaval em Salvador
O
carnaval de Salvador é um dos mais tradicionais e animados do país. Uma
multidão de foliões saem as ruas nos seis dias de festa, marcada por muita
alegria. O carnaval ocorre nas ruas da cidade, ocupando uma área urbana de
cerca de 25 quilômetros. É também uma grande manifestação popular e cultural,
pois reúne uma grande diversidade de estilos, manifestações artísticas e ritmos
musicais.
O
carnaval de Salvador é organizado em três circuitos: Osmar (Avenida), Batatinha
(região do centro histórico) e Dodô (Barra-Ondina). Há também o desfile dos
blocos afros e afoxés. A animação conta também com a participação de blocos de
trio, de samba, alternativos, de índios e infantis. A axé music também se faz
presente e garante a animação em todos os dias da festa.
Afoxé - O afoxé é um folguedo típico do estado da
Bahia. Dança-cortejo ligada ao candomblé, acontece geralmente na época do
carnaval. Resgata os principais aspectos rítmicos, linguísticos e religiosos da
cultura africana.
Blocos Afro - Grupo
carnavalesco que resgata nas vestimentas, instrumentos musicais e sonoridade os
principais aspectos da herança cultural africana. O Ilê Aiyê é um dos blocos
afros mais populares de Salvador.
Trio Elétrico - Estrutura
musical (sonorização, palco) montada em cima de grandes caminhões. Criação
típica do carnaval baiano, anima a festa popular com a participação de músicos
de axé. Os trios percorrem as ruas de Salvador arrastando com muita animação
milhões de foliões. O trio elétrico mais popular do carnaval de Salvador é o
Chiclete com Banana.
Axé music - Este
gênero musical surgiu da união entre o afoxé, maracatu, forró e frevo. É um
ritmo tipicamente baiano muito presente na época do Carnaval. O axé espalhou-se
pelo Brasil com o sucesso musical de cantoras como Daniela Mercury, Ivete
Sangalo e Cláudia Leitte.
Carnaval em Olinda
Introdução
História
do Carnaval de Olinda
O Carnaval de Olinda surgiu no começo do século XX.
Sua origem está diretamente ligada ao surgimento de clubes carnavalescos como,
por exemplo, Clube Carnavalesco Misto Lenhadores (origem em 1907) e Clube
Carnavalesco Misto Vassourinhas (origem em 1912). Já a tradição dos desfiles de
bonecos surgiu no começo da década de 1930. Foi no ano de 1932 que o boneco
"Homem da Meia-Noite" foi pela primeira vez para as ruas da cidade
animar o carnaval.
Bonecos Gigantes - Uma das principais marcas do carnaval de
Olinda é o desfile dos Bonecos Gigantes. Confeccionados de madeira, papel e
tecidos, estes bonecos são conduzidos pelas ruas da cidade, animando os
foliões. Um dos bonecos mais conhecidos e tradicionais é o “Homem da
meia-noite”.
Estes bonecos são representações de importantes
personalidades históricas do Brasil e do mundo. Políticos, músicos, atletas e
artistas famosos são transformados, com muito talento e arte, nestes lindos
símbolos do carnaval olindense.
Frevo - Os desfiles
de rua são animados com muito samba e frevo. Embora surgido no Recife, o frevo
já faz parte do carnaval de Olinda há várias décadas. É o frevo que anima e
contagia os foliões pelas ruas e ladeiras da Cidade Alta.
Festa popular - Todos
os carnavais mais de um milhão de foliões participam da festa popular. São
aproximadamente 500 grupos carnavalescos que desfilam pelas ruas,
principalmente do centro velho de Olinda. Além dos clubes carnavalescos,
saem às ruas clubes de frevos, blocos, maracatus, troças, afoxés e caboclinhos.
As tradições do carnaval de Olinda representam a
mais pura mistura de traços culturais dos povos que formaram a nação brasileira
(negros, índios e europeus).
Curiosidade:
- Um dos mais conhecidos bonequeiros de Olinda é o
artista plástico Silvio Botelho.
FONTE:
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