HISTÓRICO - Como começou o Dia das Mães?


Festividades relativas às mães e à maternidade já existem desde a Antiguidade, quando gregos e romanos realizavam festivais em homenagem a deusas. Na Inglaterra e na Irlanda, no século 16, havia o Domingo das Mães, em que os filhos deveriam visitar anualmente a igreja de suas mães, ocasionando a reunião de parte da família. Historiadores acreditam que trabalhadores, aprendizes e servos eram liberados pelos seus senhores para visitar suas famílias. A data também servia para render homenagens a Maria, mãe de Jesus.
A mais antiga comemoração do dia das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".
O Dia das Mães moderno, comemorado por todos, nós teve início nos Estados Unidos. A jovem americana Ana Jarvis, filha de pastores, estava em depressão porque havia perdido sua mãe e ela, junto com suas amigas, organizou uma festa em homenagem a todas as mães, vivas ou mortas no Estado da Virgínia Ocidental e iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. A festa ajudou a amenizar o sofrimento e Ana saiu em campanha pelo país, pedindo a instituição do Dia Nacional das Mães. A ideia foi tão boa que em pouco tempo se alastrou e, em 1914, o presidente Woodrow Wilson proclamou o Dia das Mães como feriado nacional, sendo comemorado no segundo domingo de maio. A ideia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.
Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.
Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães devesse ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.
A data se espalhou pelo mundo e hoje é comemorada nos mais diversos cantos do planeta, embora aconteça em dias diferentes, distribuindo-se pelo calendário de fevereiro até novembro. No Brasil, Getúlio Vargas decretou, em 1932, que o Dia das Mães fosse comemorado também no segundo domingo de maio.
"Não criei o dia das mães para ter lucro"
O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Neste mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.
Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa à diante. Dizia que as pessoas não agradecem frequentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.
Cravos: símbolo da maternidade
Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.
No Brasil
O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.
Disponível em: http://www.portaldafamilia.org/artigos/texto026.shtml acesso em: 02/05/2012.


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