RACISMO


RACISMO

Racismo diz respeito a padrões de raça, sendo uma ideologia que acredita na divisão da humanidade em grandes grupos chamados raças, com características físicas hereditárias comuns, estas por sua vez dão suporte para as características psicológicas, morais, intelectuais e estéticas que se situam numa escala de valores desiguais. O racismo é a crença na existência de uma raça superior às demais. Segundo o Prof. Dr. Kabengele Munanga, da UFMG, “o racista cria a raça no sentido sociológico, ou seja, a raça no imaginário do racista não é exclusivamente um grupo definido pelos traços físicos. A raça na cabeça dele é um grupo social com traços culturais, lingüísticos, religiosos, etc. que ele considera naturalmente inferiores ao grupo a qual ele pertence”.

Dessa forma o racismo, ao atacar aqueles que considera inferiores, se prende aos aspectos físicos ou culturais de determinada raça para menosprezá-la, criando conceitos baseados nas diferenças étnicas. Temos no nosso país expressões que são verdadeiras “pérolas” do racismo brasileiro e que demonstram a forma típica de atribuir desprestígio a uma pessoa a partir das características que se acredita inferiores e que são típicas desta ou daquela raça em especial. Essas expressões são frutos da cultura escravocrata brasileira, onde negros e índios foram subjugados pelos portugueses. São elas “preto de alma branca”, quando se deseja elogiar uma pessoa de cor alegando que ela se comporta como uma pessoa branca, mais pura; “serviço de preto”, quando se deseja dizer que o serviço foi mal feito, ou serviço feito “nas coxas”, lembrando que no período colonial os escravos faziam as telhas das casas nas próprias coxas, pois não havia forma própria para isso.

“Outra expressão muito usada é “preto quando não suja na entrada suja na saída”. Imaginava-se que o escravo acabaria fazendo algo errado, devido a sua “incompetência”, por ser “inferior” ou “preguiçoso”. O seu erro era esperado antes ou depois de terminar sua tarefa, porque se acreditava que o escravo não era competente para fazer o trabalho. Após conseguirem suas alforrias, os negros continuavam a trabalhar para os brancos, mas nem todos conseguiam trabalho e algumas vezes viam, nos pequenos furtos, uma maneira de sobrevivência. É dessa época o ditado “Um negro parado é suspeito, um negro correndo é ladrão”. Infelizmente essa expressão é ainda muito usada, tendo sido encontrada cem anos após a libertação dos escravos pintada nas paredes da Escola de Polícia de São Paulo, como registrou a revista Afinal, de abril de 1988” (Fábio Meyer).

Bibliografia:

http://miscigenacaoracial.blogspot.com/2007/07/conceito-de-racismo.html

http://fabiomayer.blogspot.com/2007/06/o-racismo-no-idioma.html

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